In Memoriam – Pastor Sóstenes Apolo (Sostão)

Arte: Helyézer Coutinho

A primeira vez que a igreja ficou de luto foi com morte do “Cabeça”, apesar de ter sido um luto de curtíssima duração foi um luto. Não é de estranhar que uma igreja fique enlutada principalmente porque fomos criados para chorarmos na dor e gargalharmos na alegria.O luto de uma igreja cuja esperança transcende a morte é por causa do amor, dos afetos que se tinha por aquele(a) que “se distanciou”. Não há luto sem afetos, o que há é respeito ao momento.Hoje a igreja do “Novo Dia“, aquela que está do lado em que o sol nasce, passa por um “eclipse”, pois seu amado pastor Sóstenes Apolo, depois de 2 meses de luta contra o câncer, partiu para estar com o “Cabeça” na noite de ontem.Tive a oportunidade de ser sua ovelha durante o tempo em que morava em Brasília e não poucas vezes fui edificado e orientado através de suas mensagens, além destes quatros pontos que marcaram a mim em relação a ele:

1- Seu zelo pela intercessão: Ouvi por parte de vários irmãos de que ele sabia o nome de todos os membros, porque fazia questão de pegar a lista de membros e orava nome por nome.

2- Sua cordialidade/hospitalidade/acessibilidade: Sempre quando terminava o culto, ele era o primeiro a sair com sua esposa e ficava na porta central para saudar cada um com um aperto de mão, um abraço, conversava um pouco ou muito. Tamanha foi minha surpresa quando na primeira vez que fui cumprimentá-lo ele chamou-me pelo meu nome!

3- Seu zelo missionário, o qual costuma dizer que “o motivo pelo qual Deus me colocou na presidência desta igreja é por causa de missões”.

4- Os afetos que a Mocidade e os Adolas tinham por ele. Uma vez toda mocidade tinha ido após uma celebração de domingo ao Habib’s, eramos mais de 100 pessoas, e um pouco depois ele chegou e de maneira espontânea foi saudado com um coro que dizia: “Sostão, Sostão, Sostão…Sostsão”.

Sinto pela partida do Sostão, sinto pela a perda desta igreja, mas sei, ou melhor, sabemos que este eclipse é passageiro.

Naquele que derrotou o último inimigo a ser vencido,
Zé Bruno