Uma palavra sobre…

A disciplina bíblica não tem um fim punitivo, mas pedagógico!

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É muito comum em algumas igrejas o uso da disciplina quando algum membro peca. Comumente a disciplina é a suspensão temporária das atividades da igreja e da participação da ceia do Senhor, restando ao disciplina a frequência nos cultos.

O interessante é que apesar de todo pecado ser pecado, muitas igrejas fazem distinção entre eles. A ponto de a disciplina ser aplicada apenas nos casos de transgressões sexuais. Ser disciplinado nestas igrejas é como usar uma letra escarlate, que denuncia “aqui está um cristão que pecou sexualmente”.

Quando tais igrejas fazem distinção entre pecados, elas acabam dizendo que há pecados que merecem a nossa a atenção enquanto há outros que não. O problema dessa forma de pensar é que a tentação de qualquer pecado merece nossa (atenção) vigilância e oração. Tratar os pecados sexuais com maior atenção do que outros é colocar sobre aqueles que os comentem um fardo maior do que o peso que tais pecados tem.

Quando Paulo cita em suas cartas algumas listas de pecados¹, ele não se limita aos sexuais, mas aos de outras espécies também. Quando ele exorta a igreja de Coríntio chamando-a de carnal, embora fosse enriquecida com dons, palavra e conhecimento, ele o faz pelo fato de haver ciúmes e contendas nela². Os pecados sexuais não são os únicos que mereçam nossa atenção, mas como já disse todo e qualquer pecado.

Pense comigo agora: se essas igrejas que disciplinam apenas os que comentem pecados sexuais concordarem que devem tratar todos os pecados de forma igual, então quem não será disciplinado? Afinal, ser salvo não é ser imune ao pecado, pois se assim fosse o sangue não continuaria a jorrar para aqueles que vivem na luz.³

Portanto a disciplina não deveria ser aplicada em casos de cristãos que pecaram, mas se arrependeram. E sim naqueles casos em que o cristão que pecou permanece em seu pecado. Se você não concorda comigo, observe que o foco do problema apontado por Paulo em 1 Co 5 não é um cristão que fornicou, mas o fato de que “por toda parte se ouve que HÁ imoralidade entre vocês…”

A disciplina bíblica não tem um fim punitivo, mas pedagógico. Ela não é direcionada ao que pecou (e se arrependeu), mas àquele que vive em seu pecado. Sua meta é conduzir ao arrependimento e não fazer com que os que devem experimentá-la paguem por seus erros, afinal Jesus já tomou o lugar deles ao ser crucificado.

Disciplinar alguém deve ser um ato de amor, assim como Deus corrige a quem ama. A igreja deve entender que assim como Deus nos disciplina para sermos participantes de sua santidade, ela deve fazê-lo com o mesmo propósito.

Naquele cujo que nos corrige para sermos santos,
Zé Bruno

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¹ Romanos 1.29-32; 1º Coríntios 6.9-10 e Gálatas 5.19-21
² 1º Coríntios 1.5,7; 3.1-3
³ 1º João 1.5-7

Uma palavra sobre Evangelização

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Os protestantes são chamados de evangélicos e uma de nossas atividades mais comuns é a evangelização, porém nem todos evangelizam!

Entre os que promovem a evangelização, encontramos os que o fazem pela proclamação verbal e os que o fazem pelo exemplo.

Os que fazem pela proclamação verbal, não se envergonham de praticá-la, porém muitos destes tem o evangelho na ponta de língua, mas suas vidas não demonstram-no; já os que o pregam Leia o resto deste post »

Uma palavra sobre quem são os filhos de Deus

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Você curte aquelas frases que comumente encontram-se nas traseiras dos caminhões? As vezes são versículos bíblicos, provérbios populares, frases de efeito, enfim as mais diversas.

“Não sou dono do mundo, mas sou filho do dono” é uma das que mais vejo e acredito que o que esta por trás dela é a crença popularmente aceita tanto por católicos, quanto por alguns evangélicos ou mesmo por aqueles que não se consideram parte de nenhum desses dois grupos de que todo mundo é filho de Deus. Leia o resto deste post »

Uma palavra sobre Jugo Desigual

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Um assunto que tem sido bastante discutido entre jovens e adolescentes, mas que não deixa de ser parte do questionamento de alguns adultos é o jugo desigual.

O jugo desigual tem sido entendido de diversas maneiras na cristandade brasileira, desde o relacionamento entre membros de denominações diferentes, ou entre pessoas de credos diferentes, até entre pessoas que tenham diferenças ‘extremas’, como por exemplo, um rico e um pobre, ou uma pessoa culta e uma não tão culta, ou uma pessoa alta e outra baixa, etc. Leia o resto deste post »

Uma palavra sobre Ficar

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Um assunto bastante sugestivo para uma boa discussão é falar sobre algumas práticas sociais, afinal quem vai andar na contramão e não ouvir nada?! A sociedade tem passado por várias transformações, principalmente em suas práticas e conceitos, como por exemplo, o ficar. De acordo com Bauman[1] o adjetivo líquido é o melhor para descrever nosso tempo pós-moderno, por exemplo ao se referir a um amor líquido[2], trata justamente de relacionamentos sem consistência, sem solidez, frágil e dentre tantas formas de amar assim o ficar é algo bem característico deste tempo em que vivemos.

O que é ficar? Ao fazer esta pergunta para uma jovem ela prontamente respondeu: “é o momento.” Leia o resto deste post »

Uma palavra sobre Tatuagem

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Escrevi este texto em resposta a uma discurssão de um grupo de jovens, a qual faço parte, e agora compartilho com você leitor:

Quero discordar do Marcos Witt quando ele diz “É uma pena que a igreja do Senhor JESUS, perde tempo em discussões doutrinarias etc… enquanto esses milhões se vão e partem para eternidade sem conhecer a JESUS.”

Ainda que não pareça, discutir doutrina é algo de suma importância pelo menos na teologia do Novo Testamento, afinal se a pessoa aceita Jesus e morre de imediato pode não ser, mas se alguém aceita Jesus e continua vivendo ela precisa conhecer a doutrina cristã, pois crer de forma errônea é viver de forma errônea, uma vez que a vida cristã está intrinsecamente ligada ao que cremos, afinal já dizia o profeta “o justo viverá pela fé”. Não devemos abrir mão de evangelizarmos, porém uma coisa não anula outra. Leia o resto deste post »